Alguém moldou a tua forma em barro puro
E com um sopro deu-te a vida e o festim
Do paraíso. Tanta luz brilhante assim
Te encantava, ignoravas o escuro.
E a tua vida num jardim calmo, sem muro,
Fluía bela como um jarro de jasmim
Nem te importavas com aquela cor carmim
Que emoldurava o fruto doce, mas impuro.
Até que um dia perguntaste: Por que não?
Por que não ter aquele fruto em minha mão
E deste modo superar meu criador?
Assim fizeste. E começaste a sentir dor.
(Mas esse gênio que te fez, essa mão-mater,
Também foi ele a modelar o teu caráter?)
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