Naquelas tardes mornas, pachorrentas,
Em que eu vivia assobiando em tom menor,
Em que minha vida ia do menos ao pior,
Desesperanças me seguiam, lentas.
Manhãs me despertavam, seborrentas,
E me levavam a acreditar no Mal maior
E a recitar uma oração, quase de cor,
Pedindo a Deus a morte das tormentas.
Mas, eis-me, despertado à letargia:
Apareceste e me tomaste pela mão.
Sim. Conduziste-me ao amor e à alegria
E transmutaste minha vida então:
O que era noite transformou-se em pleno dia,
O que era dor e agonia, em paixão.
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